É importante saber que requisitos são centrais ao processo de construção de software.
Esse ponto é bem aceito pela comunidade produtora de software e está presente em vários padrões de qualidade, sendo pedra fundamental no conceito da SEI sobre maturidade de software através do modelo CMM/CMMI.
Por que os requisitos são importantes? São várias as razões, mas: a mais evidente é porque não se pode construir nada, sem que antes saiba-se o que se quer construir. Eu utilizo, há muito tempo, uma frase atribuída a von Neumann que diz:
There is no sense in being precise about
something when you do not even know what you
are talking about.
Esta frase foi encontrada em um dos livros de Gerald Weinberg. Cabe a ele a citação original. Vale lembrar quem foi von Neumann. Veja também este elo.
Por outro lado, uma vez tendo-se o que se quer, precisa-se utilizar essa descrição para guiar o processo de produção. Ou seja, quer-se construir o que foi solicitado. Claro, nada mais óbvio.
Gerência por Requisitos significa que estamos gerenciando um processo de produção com base em requisitos bem definidos. Isso é fundamental para ter-se sucesso no nosso projeto.
E o que é gerência dos requisitos? Ora, é o processo de gerência que se deve utilizar para produzir os requisitos. Produzir requisitos é uma tarefa difícil, porque é aqui que se procura traduzir as necessidades dos clientes em descrições que sejam as mais precisas possíveis.
Confuso: pode ser um pouco confuso sim. Na verdade, muitos autores, inclusive eu mesmo, em outros tempos, denotam as duas coisas por um mesmo nome “Gerência de Requisitos”.
Qual o problema então? Separando-se os dois tipos de gerência fica mais fácil entender que a produção de requisitos necessita de um processo gerencial que faça com que esse tarefa seja bem executada. Fica, também, mais fácil entender que gerência com base em requisitos é uma atividade perene ao longo do processo de produção.
A dificuldade reside em que o processo de gerência por requisitos impacta o próprio processo de gerência dos requisitos, já que a gerência por requisitos provê uma importante retro-alimentação para a gerência dos requisitos.
Outro obstáculo no entendimento desse tópico é saber que os requisitos não são estanques. Pelo contrário são perenes. Estão em constante evolução.
A idéia central por trás dessa simples observação pretende ficar clara na figura abaixo, que representa o conceito de baseline.
O baseline é fundamental para que ocorra a rastreabilidade dos requisitos, maneira pela qual procura-se facilitar o acesso a informações de origem. Um artigo, em co-autoria com Miriam Sayão, fornece uma visão ampla do aspecto de rastreabilidade.
agosto 22, 2007 às 6:17 pm |
[…] Agosto 22nd, 2007 Comentamos sobre as tarefas fundamentais da engenharia de requisitos. A visão de elicitação, modelagem e análise estão presentes no pré-livro. A tarefa ortogonal de gerenciar não está explicita no pré-livro. Recomendo a leitura de uma nota que escrevi sobre o assunto. […]
setembro 1, 2007 às 10:23 pm |
[…] a repetição. Recomendo que vejam o documento original. Nele fica clara a preocupação com a rastreabilidade, através da numeração do […]
outubro 14, 2007 às 10:46 pm |
[…] a vista num artigo sobre rastreabilidade que está referenciado aqui. Em especial vejam o exemplo de uma matriz de rastreabilidade (página […]
outubro 15, 2007 às 12:18 am |
[…] Em particular salientamos que essa facilidade de identificação facilita a tarefa de gerenciar por requisitos. […]
março 26, 2008 às 11:54 pm |
[…] de software. Essa construção deve nortear-se pelos princípios de gerência por requisitos. Vejam mais detalhes sobre isso, aqui; em particular tentem entender o que diz o modelo (gráfico) ali […]
maio 22, 2008 às 3:04 pm |
[…] a vista num artigo sobre rastreabilidade que está referenciado aqui. Em especial, vejam o exemplo de uma matriz de rastreabilidade (página […]
agosto 22, 2008 às 10:22 am |
[…] Comentamos sobre as tarefas fundamentais da engenharia de requisitos. A visão de elicitação, modelagem e análise estão presentes no pré-livro. A tarefa ortogonal de gerenciar não está explicita no pré-livro. Recomendo a leitura de uma nota que escrevi sobre o assunto. […]
novembro 5, 2008 às 4:23 pm |
[…] a vista num artigo sobre rastreabilidade que está referenciado aqui. Em especial, vejam o exemplo de uma matriz de rastreabilidade (página […]
março 19, 2009 às 12:56 am |
[…] de software. Essa construção deve nortear-se pelos princípios de gerência por requisitos. Vejam mais detalhes sobre isso, aqui; em particular tentem entender o que diz o modelo (gráfico) ali […]
junho 29, 2010 às 1:02 am |
[…] Expliquei também a diferença entre gerência de requisitos e gerência por requisitos (vejam aqui). […]
outubro 18, 2010 às 9:14 pm |
[…] lnk: https://jcspl.net/2006/02/20/gerencia-dos-requisitos-x-gerencia-por-requisitos/ […]
novembro 10, 2010 às 11:30 pm |
[…] mal definidos – CRQ5 Link: https://jcspl.net/2006/02/20/gerencia-dos-requisitos-x-gerencia-por-requisitos/ Use essa carta para neutralizar uma carta problema referente a má definição dos […]
maio 16, 2016 às 1:05 pm |
[…] Quinta, fizemos a diferença entre gerência de requisitos e gerência por requisitos, e começamos a falar de Análise, em particular sobre Inspeção. Ressaltamos que a Análise é […]
outubro 19, 2016 às 12:05 pm |
[…] Nessa semana vimos o conceito geral de gerência e como ele deve ser aplicado no contexto de engenharia de requisitos, com a importante diferença entre gerência dos requisitos e gerência por requisitos. […]
outubro 3, 2017 às 4:50 pm |
[…] Na aula sobre Gerência o Henrique forneceu uma visão geral sobre organizações e sobre o aspecto gerencial no contexto da engenharia de requisitos. É importante saber a distinção entre gerência dos requisitos e gerência por requisitos. Enquanto uma foca no processo de construção de requisitos a outra foca no processo de produção de software que é gerenciado com base nos requisitos. Leia mais aqui e aqui. […]
abril 19, 2018 às 5:20 pm |
[…] Falamos também da diferença entre gerência de/dos requisitos e gerência por requisitos. […]