Estou listando aqui o que estava escrito na edição 26780 do jornal O Globo.
A maior tragédia da aviação brasileira ainda está sob investigação. Qualquer conclusão é precipitada. No entanto, chamou a minha atenção o que li no jornal. Creio que é a primeira vez que se discute o papel do software nesse acidente. Em outros acidentes aéreos, já se tem discutido o papel do software.
Jornal O Globo, 2 de dezembro de 2006, página 18
“Controlador B: “Existe uma ficha que apresenta o nível de vôo proposto e o nível autorizado. Foi isso o que induziu o controlador ao erro. Na ficha, aparecia o nível de vôo que eles estavam mantendo, 370. E o nível de vôo após Brasília, 360. Quando chegou a Brasília, o nível solicitado veio como autorizado. Ele veio automático para nós. Isso é o software que transforma automaticamente. E já tínhamos alertado para esse problema havia muito tempo. Aí o software jogou para nossa tela o nível solicitado como se fosse o autorizado.
Quando isso aconteceu, nossa visualização estava: Legacy 360, e não 370. Como o radar secundário não estava captando as informações do transponder, o radar primário que oscila muito, mostrou o jato a 360. Lembro até que um dos controladores perguntou: “Qual o nível do Legacy?” E o outro disse: ´360´.””
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