Na última nota sobre UML listei os dados fornecidos por Dobing e Parsons que dizem respeito a produtividade. Segundo os autores, do universo de sua pesquisa poderia-se dizer que, em média, um projeto de 1 milhão de dólares com 6,5 homem/ano produz um total de 50 mil linhas de código. Isto significa que a produtividade é de 7692 linhas de código por ano, ou 32 LOC por dia.
Esse número é siginificativo?
Vejamos alguns outros números coletados através de pesquisa na rede.
· Segundo a Praxis, uma firma Inglesa especialista em desenvolver software com base em métodos formais, o desenvolvimento de um sistema operacional para cartões teve uma produtividade de 28 LOC por dia.
· Donald J. Reifer, possui uma página com vários dados que coletou ao longo de sua experiência. Alguns deles são: automação fabril: 12 LOC por dia, bancos: 13, 5 LOC por dia e processamento de dados 16,5. Os dados foram calculados de mês para dias com base em 20 dias úteis. Vejam a Tabela 1 da referida página.
· Em um artigo que questiona LOC como medida de produtividade e lança algumas idéias de como medir software, Mary Shaw fala, citando Boehm e Basile, em 10 LOC por dia.
· Uma palestra da Aerospace Corporation fala em 7,4 LOC por dia para software com fins militares.
· Na revista eletrônica “Intelligent Enterprise” fala-se de uma produtividade geral da indústria nos Estados Unidos na ordem de 26 LOC por dia no ano 2000.
Portanto, apesar de LOC ser dependente de contexto, pode-se entender que existe uma “convergência” entre 10 e 30. Claro que estimar com um erro de 3 vezes para mais ou para menos é problemático, mas fica como algo a lembrar. Um ponto fora da curva é o número que tem circulado na rede sobre a produtividade do Windows Vista: 4 LOC por dia!
Por outro lado, existe a produtividade geral, ou seja o quanto a sociedade está produzindo em termos de software. É incrível a taxa de crescimento da produção de software. Em uma reportagem na Wired de Novembro de 1995, Nathan Myhrvold, fala que a indústria tem um crescimento maior que o da Lei de Moore. Ele cita o examplo do Basic e do Word, que saíram de 4k para 500k e de 27 K para 2M respectivamente. Isso mantendo basicamente o mesmo preço. Em 1995 Myhrvold dizia que para cada 100 dólares da compra de um software, o consumidor estava comprando um produto no qual o produtor investiu por volta de 100 milhões de dólares.
Sobre Nathan Myhrvold: vale a pena ler seu depoimento no congresso americano sobre a lei de patentes.
Uma entrevista de Christof Ebert sobre produtividade mostra algumas das preocupações apontadas pela professora Mary Shaw.
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Leia sobre Sistemas de Informação.
Veja a página do autor.
novembro 14, 2006 às 10:25 am |
[…] Começamos a aula falando sobre produtividade de software. Centramos a discussão em LOC (linhas de código), que apesar dos problemas, é a métrica mais utilizada. Vejam o que escrevi sobre isso em Amazing. […]
junho 11, 2007 às 7:06 pm |
[…] Aula 27 Junho 11, 2007 Posted by pes2006 in engenharia de software. trackback Aula sobre produtividade de software. Centramos a discussão em LOC (linhas de código), que, apesar dos problemas, é a métrica mais utilizada. Vejam o que escrevi sobre isso em Amazing. […]
janeiro 23, 2018 às 11:52 pm |
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